Bancos X Corretores de Seguros
No Brasil os próprios bancos perceberam que as agências são canais importantes de venda de produtos de seguros, mas não de qualquer tipo de seguro. Elas podem funcionar eficientemente na venda de produtos muito simples ou de preço muito baixo, que inviabilize a sua comercialização através dos corretores de seguros.
Assim como um corretor de seguros não é um especialista em aplicações financeiras, um gerente de banco não é um especialista em seguros. Essa constatação começou a ter um custo alto, porque os funcionários dos bancos estavam vendendo mal e de forma errada produtos que eles não conheciam.
Seguro é vendido com olho no olho. É uma venda que exige confiança em quem vende.
E essa confiança só nasce do contato pessoal e na hora em que o segurado percebe que quem o está atendendo conhece o produto que está vendendo. E quem tem esse perfil é o corretor de seguros.
É impossível dar um passo ou pensar na proteção de um bem sem, de alguma forma, contar com os produtos oferecidos pelo mercado de seguros. Neste cenário, cresce a importância do corretor de seguros. Afinal, é um profissional que defende os interesses do segurado e lhe dá a cobertura necessária na hora de contratar, renovar a apólice ou na eventual ocorrência de um sinistro.
Numa operação eminentemente técnica, sua experiência e ética são fundamentais para o perfeito cumprimento de todas as cláusulas estabelecidas entre as partes. A legislação brasileira defende a independência do corretor, proibindo qualquer vínculo trabalhista ou societário com as companhias seguradoras. Ao selecionar e indicar a companhia que irá garantir o patrimônio de seus clientes, ele deve evitar aquelas que estejam em dificuldades financeiras ou não possuam habilitação técnica para uma boa prestação de serviços.
A própria SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), órgão que disciplina o setor, lhe credencia como verdadeiro fiscal do sistema. Além disso, através da resolução 45, exige o 2º grau completo, apólice de responsabilidade civil para garantia extra ao segurado e constante treinamento e aprimoramento técnico para o exercício de sua atividade.
Assim, a segurança do segurado começa pela escolha certa de seu corretor de seguro e passa pelo cumprimento de suas atribuições. Entre elas: zelar pela correta e perfeita emissão da apólice, verificar se o conteúdo da apólice emitida corresponde com os termos da proposta, desenvolver a manutenção do contrato de seguro (endossos, aditivos), defender o segurado no caso de sinistro até a efetiva liquidação e pagamento da indenização por parte da seguradora. E mais: recolher imediatamente prêmios confiados pelo segurado à seguradora e avisá-lo do vencimento da sua apólice, oferecendo-lhe sugestões para eventual renovação.

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